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Oxossi
Oxossi

                                   
                                                       Raízes dos Orixás:
Oxossi                                  


                                                         PAI OXOSSI  |  FILHOS DE OXOSSI UMA LENDA DE OXOSSI


 
                                                                                                                      PAI OXOSSI
         
              
 
          Oxossi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento.  Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento
da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.

          O Orixá Oxossi é tão conhecido que quase dispensa um comentário.  Mas não podemos deixar de fazê-lo, pois falta o
conhecimento superior que explica o campo de atuação das hierarquias deste Orixá regente do pólo positivo da linha do Conhecimento.

          O fato é que o Trono do Conhecimento é uma divindade assentada na Coroa Divina, é uma individualização do Trono das Sete
Encruzilhadas e em sua irradiação cria os dois pólos magnéticos da linha do Conhecimento.  O Orixá Oxossi rege o pólo positivo.
 
TRECHOS EXTRAÍDOS DO LIVRO "O CÓDIGO DA UMBANDA" DE RUBENS SARACENI; E QUE SE ENCONTRA, TAMBÉM, NO SITE GUARDIÕES DA LUZ.


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FILHOS DE OXOSSI


          Oxossi é a Natureza, especificamente nas matas e no reino animal.  É o conhecedor das ervas e o grande curador.  É a essência
da nossa vida.

          Seu filho tem um tipo calmo, amoroso, encantador, preocupado com todos os problemas.  Um grande conselheiro pelo seu gênio
alegre, muito embora com forte tendência à solidão.

          Incapaz de negar qualquer ajuda à alguém, sabe, como poucos, organizar o caminho para as soluções complicadas.

          Com respeito à sua própria organização familiar, é muito apegado as suas coisas e à sua família, à qual dedica atenção total no
sentido de provê-la e encaminhá-la.

          Diante as dificuldades próprias é muito hesitante, mas acaba vencendo, sustentado pelo seu interior alegre e otimista.

         
É carente.  Não assume o problemas dos outros, mas fica lado a lado ajudando-os.  Ama a Liberdade e a Natureza.  O mato, as
águas, os bichos , as estrelas, o sol e a lua, são a bússola de sua vida.  Não discute a fé.  Acredita e é fiel seguidor da religião que
escolheu.

          Não é ciumento e muito menos rancoroso.  Quando atacado custa revidar.  Quando o faz se torna perigoso.  É, neste particular,
ladino como os índios.  Pisa macio, mas é certeiro.
 
Tem um gosto refinado.  Gosta das coisas boas, veste-se bem e cuidadosamente.

          O filho de Oxossi é talvez o mais equilibrado.  Para que sua vida melhore, deve despertar aquele gigante que habita sua
essência, o que o tornaria mais disposto a encarar as suas
próprias dificuldades.

Cor: Verde.


Ervas:
Malva Rosa; Mil Folhas; Sete Sangrias; Folhas de Aroeira; Folhas de fava de Quebrante; Folhas de Samambaia; Folhas de
Palmeira; Folhas de Laranjeira; Erva Cidreira; Folhas de Jurema; Folhas de Maracujá; Folhas de Palmito; Folhas de Abacateiro.
 



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UMA LENDA DE OXOSSI
                                                   
               
           
          Olofim era um rei africano de ifé, lugar de origem de todos os iorubás.  Cada ano, na época da colheita olofim comemorava em
seu reino, a festa do inhames.    Ninguém no país podia comer dos novos inhames antes da festa.

          Chegado o dia, o rei instalava-se no pátio do seu palácio.   Suas mulheres sentavam-se a sua direita, seus ministros
sentavam-se a sua esquerda, seus escravos sentavam-se atrás dele, agitando leques e espanta moscas e os tambores soavam para
saldá-lo.

          As pessoas reunidas comiam inhame pilado e bebiam vinho de palma.   Elas comemoravam brincavam.  De repente um enorme
pássaro voou sobre a festa.    O pássaro voava à direita e voava à esquerda...  até veio pousar sobre o teto do palácio.   A estranha
ave fora enviada pelas feiticeiras furiosas porque não foram convidadas para a festa.   O pássaro causava espanto a todos!

          Era tão grande que o rei pensou ser uma nuvem cobrindo a cidade.  Sua asa esquerda cobria todo o palácio, sua asa direita
cobria o lado direito do palácio, as penas do seu rabo varriam o quintal e sua cabeça cobria o portal de entrada.  As pessoas,
assustadas, comentavam:

"Ah! Que esquisita surpresa?"   "Eh! de onde veio este desmancha prazer?"   "Ih! O que veio fazer aqui?"

"Oh! O bicho é feio de dar dó!"   "Uh! Sinistro que nem urubu!"   "Como nos livrarmos dele?"

          "Vamos rápido chamar os caçadores mais hábeis do reino."  De Idô , trouxeram Oxutogum, o Caçador das vinte flechas.  O rei
lhe ordenou matar o pássaro com suas vinte flechas.  Oxotogum afirmou:"Que me cortem a cabeça se eu não o matar!"

          E lançou suas vinte flechas, mas nenhuma atingiu o pássaro.   O rei mandou prender.  De Morê chegou Oxotogio, o Caçador das
quarentas flechas.  O rei lhe ordenou matar o pássaro com suas quarenta flechas.

          Oxotogi afirmou:"Que me condenem à morte se eu não o matar!"  E lançou as suas quarentas flechas, mas nenhuma atingiu o
pássaro.  O rei mandou prender.  De Ilarê, Apresentou-se Oxotadotá, o Caçador das cinqüenta flechas.

          O rei lhe ordenou matar o pássaro com suas cinqüenta flechas.  Oxotadotá afirmou: "Que extermine toda a minha família se eu
não o matar." Lançou suas cinqüenta flechas e nenhuma atingiu o pássaro.  O rei mandou prender.

          De Iremã, chegou finalmente Oxotokanxoxô, o  Caçador de uma só flecha.  O rei lhe ordenou matar o pássaro com sua única
flecha.  Oxotokanxoxô afirmou: " Que me cortem em pedaços se eu não o matar."

          Ouvindo isso a mãe de Oxotokanxoxô que não tinha outros filhos, foi rápido consultar um Babalaô, o adivinho, e saber o que
fazer para ajudar seu único filho.  "Ah!" - Disse-lhe o Babalaô.  "Seu filho está a um passo da morte ou da riqueza.  Faça uma oferenda
e a morte toma-se a riqueza.  " E ensinou-lhe como fazer uma oferenda que agradasse às feiticeiras.

          A mãe sacrificou então uma galinha abrindo-lhe o peito e rápido colocar na estrada, gritando três vezes:"Que o peito do pássaro
aceite este presente!" Foi no momento exato que o Oxotokanxoxô atirava sua única flecha.  O feitiço pronunciado pele mão do caçador
chegou ao grande pássaro.  Ele quis receber a oferenda e relaxou o encanto que o protegerá até então.

          A flecha de Oxotokanxoxô o atingiu em pleno peito.   O pássaro caiu pesadamente, se debateu e morreu.   A notícia se
espalhou-se: "Foi Oxotokanxoxô, o Caçador de uma só flecha, que matou o pássaro! O rei lhe fez uma promessa, se ele o
conseguisse! Ele ganhará a metade de uma fortuna! Todas as riquezas do reino serão divididas ao meio, e uma metade será dada a
Oxotokanxoxô!!

          Os três caçadores foram soltos da prisão e como recompensa, Oxotogun, o Caçador das vinte flechas, ofereceu a Oxotokanxoxô
vinte sacos de búzios.  Oxotadotá, o Caçador das cinqüenta flechas, ofereceu-lhe cinqüenta.  E todas cantaram para Oxotokanxoxô.

          O Babalaô também, juntou-se a eles cantando e batendo em seu agagô: "Oxowusi! Oxowusi! Oxowusi!" "O caçador Oxo é
popular!" E assim é que Oxotokanxoxô foi chamado de Oxowusi! Oxowusi! Oxowusi! Oxowusi!

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