Raízes dos Orixás: Oxum
MÃE OXUM | FILHOS DE OXUM | UMA LENDA DE OXUM MÃE OXUM Oxum é o Trono Natural irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como "Mãe da Concepção" ela estimula a união matrimonial, e como Trono Mineral ela favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material. A Orixá Oxum é o Trono Regente do pólo magnético irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união. Seu elemento é o mineral. Em seus aspectos positivos, ela estimula os sentimentos de amor e acelera a união e a concepção. Não vamos comentar seu aspecto negativo ou punidor do ser que desvirtua o princípio do amor ou da concepção. Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção. A energia mineral está presente em todos os seres e também está presente em todos os vegetais. E por isto Oxum também está presente na linha do Conhecimento, pois sua energia cria a "atração" entre as células vegetais carregadas de elementos minerais. Já em nível mental, a atuação pelo conhecimento é uma irradiação carregada de essências minerais ou de sentimentos típicos de Oxum, a concepção em si mesma. A água doce, por estar sobrecarregada de energia mineral, é um dos principais "alimentos" dos vegetais. Logo, Oxum está tão presente nas matas de Oxossi. que é um dos Orixás que pontificam a linha vertical (irradiação) do Conhecimento. A Senhora Oxum do Conhecimento é uma Oxum vegetal pois atua nos seres como imantadora do desejo de aprender. Saibam que a ciência dos Orixás é tão vasta quanto divina, e está na raiz de todo o saber, na origem de todas as criações divinas e na natureza de todos os seres. É na ciência dos Orixás que as lendas se fundamentam, e não o contrário. TRECHOS EXTRAÍDOS DO LIVRO "O CÓDIGO DA UMBANDA" DE RUBENS SARACENI; E QUE SE ENCONTRA, TAMBÉM, NO SITE GUARDIÕES DA LUZ.
Voltar ao topo da página FILHOS DE OXUM O filho ou filha de Oxum, a Rainha da Água doce, dona dos rios e das cachoeiras, carrega todo o tipo de Iemanjá. A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Oxum que se pede ajuda (pelo Amalá). A diferença maior é a vaidade. Filho de Oxum ama espelhos (a figura de Oxum carrega um espelho na mão), jóias caras, ouro, é impecável no trajar e não se exibe publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta e a mulher do cabelo e da pintura. Normalmente tem uma facilidade muito grande para o choro. É muito sensível a qualquer emoção. Talvez ninguém tenha sido tão feliz para definir a filha de Oxum como o pesquisador da religião africana, o francês Pierre Verger, que escreveu: "o arquétipo de Oxum é das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião pública, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social". Seu maior defeito é o ciúme. Cor: Azul.dourado Ervas: Erva Cidreira; Gengibre; Camomila; Arnica; Trevo Azedo ou Grande; Chuva de Ouro; Manjericona; Erva Sta. Maria; Gengibre; Calendula.
Voltar ao topo da página UMA LENDA DE OXUM Conta-nos uma lenda, que Oxum queria muito aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação, para tanto, foi procurar Exu, para aprender os princípios de tal dom. Exu, muito matreiro, falou à Oxum que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para tanto, ficaria Oxum sobre os domínios de Exu durante sete anos, passando, lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a ensinaria. E, assim foi feito, durante sete anos Oxum foi aprendendo a arte da adivinhação que Exu lhe ensinará e conseqüentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa de Exu. Findando os sete anos, Oxum e Exu, tinham se apegado bastante pela convivência em comum, e Oxum resolveu ficar em companhia desse Orixá.
C. V. ZARICHTA
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